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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A Pedra no Caminho

Lindo texto para se refletir!


Conta-se a lenda de um rei que viveu num país além-mar há muitos anos. Ele era muito sábio e não poupava esforços para ensinar bons hábitos a seu povo. Frequentemente fazia coisas que pareciam estranhas e inúteis; mas tudo que fazia era para ensinar o povo a ser trabalhador e cauteloso.
- Nada de bom pode vir a uma nação - dizia ele - cujo povo reclama e espera que outros resolvam seus problemas. Deus dá as coisas boas da vida a quem lida com os problemas por conta própria.
Uma noite, enquanto todos dormiam, ele pôs uma enorme pedra na estrada que passava pelo palácio. Depois foi se esconder atrás de uma cerca, e esperou para ver o que acontecia.
Primeiro veio um fazendeiro com uma carroça carregada de sementes que ele levava para moagem na usina.
- Quem já viu tamanho descuido? - disse ele contrariadamente, enquanto desviava sua parelha e contornava a pedra. - Por que esses preguiçosos não mandam retirar essa pedra da estrada? - E continuou reclamando da inutilidade dos outros, mas sem ao menos tocar, ele próprio, na pedra.
Logo depois, um jovem soldado veio cantando pela estrada. A longa pluma do seu quepe ondulava na brisa, e uma espada reluzente pendia à sua cintura. Ele pensava na maravilhosa coragem que mostraria na guerra.
O soldado não viu a pedra, mas tropeçou nela e se estatelou no chão poeirento. Ergueu-se, sacudiu a poeira da roupa, pegou a espada e enfureceu-se com os preguiçosos que insensatamente haviam largado uma pedra imensa na estrada. Então, ele também se afastou, sem pensar uma única vez que ele próprio poderia retirar a pedra.
Assim correu o dia. Todos que por ali passavam reclamavam e resmungavam por causa da pedra colocada na estrada, mas ninguém a tocava.
Finalmente, ao cair da noite, a filha do moleiro por lá passou. Era muito trabalhadora, e estava cansada, pois desde cedo andava ocupada no moinho.
Mas disse a si mesma: "Já está quase escurecendo, alguém pode tropeçar nesta pedra à noite e se ferir gravemente. Vou tirá-la do caminho."
E tentou arrastar dali a pedra. Era muito pesada, mas a moça empurrou, e empurrou, e puxou, e inclinou, até que conseguiu retirá-la do lugar. Para sua surpresa, encontrou uma caixa debaixo da pedra.
Ergueu a caixa. Era pesada, pois estava cheia de alguma coisa. Havia na tampa os seguintes dizeres: "Esta caixa pertence a quem retirar a pedra."
Ela abriu a caixa e descobriu que estava cheia de ouro.
A filha do moleiro foi para casa com o coração feliz. Quando o fazendeiro e o soldado e todos os outros ouviram o que havia ocorrido, juntaram-se em torna do local na estrada onde a pedra estava. Revolveram o pó da estrada com os pés, na esperança de encontrar um pedaço de ouro.
- Meus amigos - disse o rei - , com freqüência encontramos obstáculos e fardos no caminho. Podemos reclamar em alto e bom som enquanto nos desviamos deles se assim preferirmos, ou podemos erguê-los e descobrir o que eles significam. A decepção é normalmente o preço da preguiça.
Então o sábio rei montou em seu cavalo e com um delicado boa-noite retirou-se.

(Do livro: O Livro das Virtudes II - O Compasso Moral)


domingo, 10 de fevereiro de 2013

Mutismo Seletivo


Mutismo seletivo é uma condição de ansiedade social, onde uma pessoa que é capaz de falar é incapaz de se expressar verbalmente em determinadas situações.

No Manual de Estatística e Diagnose de Desordens Mentais, o Mutismo Seletivo é descrito como uma desordem psicológica rara.

Crianças (e adultos) com esse tipo de problema são completamente capazes de falar e compreender a linguagem, mas não o fazem em determinadas situações sociais, quando é o que se espera deles.

Funcionam normalmente em outras áreas do comportamento e aprendizado, embora se privam severamente de participar em atividades de grupo. É como uma forma extrema de timidez, mas a intensidade e duração a distingue.

Como por exemplo, uma criança pode passar todo o tempo completamente calado na escola, por anos, mas falar livremente ou excessivamente em casa.

Outras características são, além da timidez extrema, o retraimento social, a dependência e o perfeccionismo.

Esta desordem NÃO é considerada uma desordem da comunicação, pois a maioria das crianças se comunica através de expressões faciais, gestos, etc.

Ao ser realizado, o diagnóstico, pode ser confundido facilmente como um tipo seletivo de Autismo ou Síndrome de Asperger, especialmente se a criança atua de modo retraído na presença do psicólogo. Isto pode levar a um tratamento incorreto.

O Mutismo Seletivo é caracterizado por:


- Fracasso consistente para falar em situações sociais específicas (por exemplo, na escola, onde existe a expectativa de falar) apesar de expressar-se verbalmente em outras situações.

- Interfere nas conquistas educacionais ou com a comunicaçao social.

- O fracasso para falar não se deve a falta de conhecimento do idioma falado requerido na situação social.

- Não se considera como uma desordem da comunicação (a exemplo da gagueira).

Ainda não foram estabelecidas as causas, mas há evidencias de que existem um componente hereditário e que também é mais comum em meninas que em meninos e normalmente é percebida antes dos 5 anos de idade embora a maioria dos pais e/ou profissionais somente percebam o problema quando a criança começa na vida escolar.

Entre os aspectos negativos estão:



- Os portadores do Mutismo Seletivo encontram dificuldade em manter contato visual.

- Com frequência não sorriem em público ou em expressões vazias (sempre em público).

- Se movem de forma rígida e torpe.

- Não podem manejar situações onde se espera que falem normalmente, como uma saudação, uma despedida ou um agradecimento.

-Tendem a preocupar-se mais com as coisas de que o restante das pessoas.

- Podem ser muito sensíveis ao ruído e ao excesso de gente.

- Encontram dificuldade em falar sobre si mesmos ou expressar seus sentimentos.
.
Entre os aspectos positivos estão:



- Inteligência e percepção superior
- São sensíveis aos pensamentos e emoções alheias (empatia).

- Tem um grande poder de concentração.

- Com frequência tem um bom sentido do que é correto, incorreto e de justiça.
Fonte: http://vidadeumaborderline.blogspot.com.br/

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Como ajudar os pequenos a controlar as emoções


Sentir medo em situações novas faz parte da natureza humana e é preciso saber como lidar com essa realidade para evitar dificuldades no futuro

Adriana Toledo 

Foto: Fernanda Sá
Foto: Fernanda Sá

O ser humano, todos sabem, é um animal muito frágil. Diferentemente de outros mamíferos, que já nascem em pé e rapidamente aprendem a buscar alimento e se defender, os bebês dependem dos adultos por um longo tempo. Assim, desde o início da vida, eles experimentam a sensação de medo. Acredita-se que os primeiros temores se manifestem por volta dos 3 ou 4 meses de idade. "Nessa fase, o bebê adquire a capacidade de distinguir o familiar do estranho e aprende a diferenciar a mãe (ou o responsável) de tudo o que o rodeia", explica a psicóloga Vera Zimmermann, coordenadora do Centro de Referência da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo. "Ao perceber a existência de um desconhecido, ele teme perder o amparo materno." 


Esse sentimento é parte da nossa vida e "é importante para a própria proteção, pois inibe a exposição excessiva aos riscos", diz a professora Márcia Barbosa da Silva, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, no Paraná. A psicopedagoga Eliane Pisani Leite, de Brasília, completa: "O medo era uma proteção que o homem das cavernas tinha contra os ataques de predadores e até hoje nos permite sobreviver graças ao recurso da fuga quando algo nos ameaça". Até os 3 anos, é o receio de ser abandonado que mais apavora os pequenos. O escuro, a queda, o barulho e a luz forte estão, desde sempre, relacionados à separação da mãe. A partir dos 2 anos, o repertório aumenta em razão da descoberta do mundo simbólico. É por isso que muitas crianças querem distância de pessoas fantasiadas, como palhaços e Papai Noel. 


Por isso, ingressar numa escola de Educação Infantil é uma situação nova que pode provocar medo. Afinal, não haverá ninguém da família por perto. Daí a importância da adaptação. "Nos primeiros dias, o bebê ou a criança pequena podem ficar pouco tempo na creche para minimizar esse impacto", recomenda Márcia. Uma recepção calorosa e afetiva dos professores e auxiliares é fundamental para que os pequenos se sintam confiantes e protegidos. Melhor ainda se eles puderem ser recebidos sempre pela mesma pessoa.

Preparo adequado

Todo adulto que vive com crianças precisa saber lidar com o medo infantil. "Se esse sentimento não for adequadamente trabalhado, pode provocar timidez excessiva, ansiedade e até fobias", alerta o psicanalista e psiquiatra Conceil Correa, da Associação Brasileira das Inteligências Múltiplas e Emocional, em São Paulo. Além disso, os temores prejudicam o aprendizado, já que o assustado só quer ficar no colo e pára de brincar com os colegas. 

Como identificar o medo? Quando o pequeno ainda não aprendeu a falar, a solução é observar reações como choro, expressão de susto, coração acelerado, respiração intensa, inquietação, músculos contraídos e retraimento. Ao passar a conversar, rapidamente surgem frases como "estou com medo", "não gosto", "escutei um barulho" e "está atrás da porta" para expressar a angústia. 

Além de tranquilizar e acolher, você pode (sem forçar) estimular os que têm medo a falar, desenhar ou expressar o que os aflige. Assim, eles podem compreender o que estão sentindo e aprender a lidar com isso. Outra ação eficiente é dizer que você também sente medo. "A criança entende que a sensação é comum a todos", ensina Márcia. Ler livros infantis também ajuda muito. "As histórias confortam, pois mostram que, apesar dos temores das dificuldades dos personagens, eles conseguem ir em frente", diz Jefferson Mainardes, da Universidade Estadual de Ponta Grossa. 

Bebês e crianças com deficiência também sentem medo e existem pequenas variações na hora de atendê-las. O deficiente auditivo, por exemplo, pode sentir receio de um ambiente desconhecido, mas levar um brinquedo de casa para a creche costuma ser eficaz. É possível que o cego tema a dificuldade de se fazer entender. Então, procure comunicar-se com ele da mesma forma que a família. A criança com deficiência mental às vezes se assombra com um desenho na TV. Nesse caso, evite trabalhar com o mesmo personagem. Em qualquer situação, os pais precisam ser avisados. Explique que não basta dizer aos filhos que "isso não é nada" e tente orientá-los a falar sobre o sentimento.

Fonte: Revista Nova Escola
http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Doenças Psicossomáticas



As doenças psicossomáticas são aquelas produzidas por distúrbios emocionais, ou sentimentos como por exemplo, raiva, ansiedade, angustia,  medo, vingança,etc.

Estes sentimentos podem produzir doenças reais e físicas como a depressão, dores de barriga, diarreias ou tremores por exemplo. 

Trata-se em resumo de emoções ou sentimentos que se transformam com o tempo em doenças físicas.

Qualquer pessoa pode apresentar doenças psicossomáticas, que podem inclusive se manifestar como úlceras, câncer, sinusite, hipertensão, doenças do fígado, etc. Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas podem incluir:

Dor de cabeça, Angústia, Nervosismo, Dor na barriga, Dor de estômago, Crises de gastrite, Insônia, Diarreia, Medo, Sudorese,Taquicardia, etc.

A partir de Sócrates, gradualmente surgiu a ideia de que o homem seria constituído não apenas por um substrato material, mas também de uma essência imaterial, vinculada aos sentimentos e à atividade do pensamento, a alma. De acordo com teorias, o aparelho psíquico exerce uma função essencial de assimilação e elaboração dos estímulos provenientes da realidade externa e do meio interior.

A patologia também faz parte dos meios do individuo para regular sua homeostase, ou suas relações com o meio.

Fonte: tuasaude e psicologado

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Você tem mania de sempre adiar tarefas e ações?


Você é do tipo que sempre deixa as coisas para a última hora? Saiba mais sobre a procrastinação 


Procrastinação é o constante adiamento de uma ação ou tarefa a ser executada. Para a pessoa que está procrastinando, isso resulta em stress, sensação de culpa, perda de produtividade e vergonha em relação aos outros, por não cumprir com suas responsabilidades e compromissos. Embora a procrastinação seja considerada normal, ela se torna um problema quando impede o funcionamento normal das ações. A procrastinação cronica pode ser um sinal de alguma desordem psicológica ou fisiológica.

Causas 

As causas psicológicas da procrastinação variam muito, mas geralmente tendem a fatores como ansiedade, baixa autoestima e uma mentalidade auto-destrutiva. O autor David Allen traz à tona duas grandes causas psicológicas de procrastinação no trabalho e no dia-a-dia que estão relacionadas à ansiedade, e diretamente ligada à preguiça emocional.
Vale apontar que uma pessoa pode inconscientemente superestimar ou subestimar o tamanho de uma tarefa, se a procrastinação se tornar um hábito em sua vida. 

As causas fisiológicas da procrastinação, em sua grande parte, focam no envolvimento do córtex pré-frontal. Essa área do cérebro é responsável por funções de execução cerebral como planejamento, controle de impulsos, atenção, e age como um filtro diminuindo estímulos que causam distração, que vêm de outras regiões do cérebro. Lesões ou baixa utilização dessa área podem reduzir a capacidade de uma pessoa de filtrar estímulos que causam distração, resultando em má organização, perda de atenção e aumento de procrastinação. Isso é similar ao papel do lobo pré-frontal no Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), onde é comum a sua subutilização. A procrastinação pode ser uma desordem persistente e debilitante em algumas pessoas, causando disfunções e imperícia psicológicas significantes. 
Enquanto a procrastinação é uma condição comportamental, esses outros problemas podem ser tratados com medicamentos e/ou terapia. Medicamentos podem melhorar a capacidade de foco e atenção de uma pessoa (no caso de um TDAH) ou melhorar o humor e temperamento no geral (no caso da depressão). A terapia pode ser uma ferramenta importante para ajudar um indivíduo a ter novos comportamentos, superar seus medos e ansiedades, e alcançar uma melhor qualidade de vida.

Tipos de procrastinadores

O tipo relaxado

Os procrastinadores do tipo relaxado veem suas responsabilidades negativamente e fogem delas direcionando sua energia para outras tarefas. É comum, por exemplo, para uma criança procrastinadora do tipo relaxado, abandonar a sua lição de casa, mas não sua vida social. Esse tipo de procrastinação é uma forma de negação. O procrastinador evita situações que causariam desprazer, e, em vez delas, participa de situações mais prazerosas. Em termos Freudianos, esses procrastinadores se recusam a renunciar ao princípio do prazer, em vez de sacrificarem-se no princípio da realidade. Eles podem aparentar não estar preocupados com o trabalho e com prazos, mas isso é simplesmente uma forma de evasão.

O tipo tenso-nervoso

O procrastinador tipo tenso-nervoso normalmente sente-se dominado por pressão, irreal quando trata-se de tempo, incerto sobre seus objetivos e muitos outros sentimentos negativos. Sentindo que lhes falta a habilidade ou foco para completar seus trabalhos, eles dizem a si mesmos que precisam "desestressar" e relaxar, e que é melhor "ir com calma à tarde para começar de novo na manhã seguinte", por exemplo. O "relaxamento" do procrastinador desse tipo é geralmente temporário e inefetivo, e leva a até mais stress conforme o tempo vai se esgotando, prazos se aproximam e a pessoa se sente cada vez mais culpada e apreensiva. Esse comportamento vira um ciclo de fracasso e atraso, enquanto os planos e objetivos são deixados de lado e anotados "para amanhã" ou para a próxima semana repetidamente. Isto também traz um efeito debilitante em sua vida pessoal e suas relações. Como os procrastinadores desse tipo são incertos em relação a seus objetivos, eles muitas vezes se sentem desconfortáveis com pessoas confiantes e objetivas, o que pode causar depressão. Procrastinadores tensos-nervosos geralmente recolhem-se da vida social, evitando contato até mesmo com amigos próximos.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A ESCOLA - Lindo texto de Paulo Freire


A Escola  (Paulo Freire)

"Escola é...
o lugar onde se faz amigos
não se trata só de prédios, salas, quadros,
programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente,
gente que trabalha, que estuda,
que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente,
O coordenador é gente, o professor é gente,
o aluno é gente,
cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
na medida em que cada um
se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
que não tem amizade a ninguém
nada de ser como o tijolo que forma a parede,
indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
é também criar laços de amizade,
é criar ambiente de camaradagem,
é conviver, é se ‘amarrar nela’!
Ora , é lógico...
numa escola assim vai ser fácil
estudar, trabalhar, crescer,
fazer amigos, educar-se,
SER FELIZ."
Para começar o ano letivo o/

A Escola - Paulo Freire

"Escola é...
o lugar onde se faz amigos
não se trata só de prédios, salas, quadros,
programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente,
gente que trabalha, que estuda,
que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente,
O coordenador é gente, o professor é gente,
o aluno é gente,
cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
na medida em que cada um
se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
que não tem amizade a ninguém
nada de ser como o tijolo que forma a parede,
indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, 
é também criar laços de amizade,
é criar ambiente de camaradagem,
é conviver, é se ‘amarrar nela’!
Ora , é lógico...
numa escola assim vai ser fácil
estudar, trabalhar, crescer,
fazer amigos, educar-se,
SER FELIZ."

Com os jogos, as crianças aprendem que ganhar e perder faz parte da vida


Ao jogar - um comportamento que atravessa séculos - , a criança desenvolve estratégias para enfrentar várias situações e adversários

Bianca Bibiano 

"Brincar tem de ser divertido e, mais que aprender a perder, é importante saber que brincar, por si só, é gostoso."
Ao jogar - um comportamento que atravessa séculos -, a criança descobre que ganhar e perder faz parte da vida e desenvolve estratégias para enfrentar várias situações e os adversários.

Sentados em grupo, crianças, jovens, homens, mulheres e idosos lançam dados, viram cartas e movimentam peças de acordo com regras preestabelecidas e acordadas por todos. Em resumo, jogam. E, consequentemente, se divertem, desafiam uns aos outros, passam o tempo. Um olhar atento mostra algo mais: jogos de tabuleiro revelam peculiaridades da cultura de um povo. Alguns tradicionais, como o Jogo da Glória, surgiram como forma de simbolizar a vida e a morte. Outros demonstravam em sua origem a importância das estratégias de guerra, como o xadrez, e as crenças de um povo, como o mancala.
Levando em conta essas características de comportamento e cultura, quando se transforma em espaço de jogo, a escola
 possibilita a construção de saberes. O desafio de uma partida proporciona a elaboração e a exploração de questões relacionadas à sociabilidade (que se dá por intermédio de regras) e ao desenvolvimento de estratégias. Detalhes que chamam a atenção para a possibilidade de trabalhar com tabuleiros sem a obrigatoriedade de vincular a atividade às áreas do conhecimento.

"É importante que as crianças descubram o gosto do brincar por si só", defende Adriana Klisys, diretora da Caleidoscópio Brincadeira e Arte, em São Paulo. Esse tipo de abordagem não deve ser encarado pelos educadores como uma perda de tempo. "Há vários ganhos importantes para o desenvolvimento dos pequenos, embora possam não parecer importantes ou concretos à primeira vista", explica Adriana.
Revista Nova Escola  



Leia mais:http://psicopedagogiaeaprendizagem.webnode.com/news/com-os-jogos%2c-as-crian%c3%a7as-aprendem-que-ganhar-e-perder-faz-parte-da-vida/
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